Guerra

Lá se vão as boas intenções do portal 22.2.22…ou terá sido a carga energética demasiado violenta?!
Era só mesmo o que faltava, para somar à seca, à crise económica e à pandemia. Uma guerra!
Parece longe mas é aqui ao lado e ninguém escapa do efeito borboleta, ainda mais quando ela é ávida consumidora de vodka e gás.
São só 4000 kms até kiev e o que rebentar lá, cedo ou mais tarde, rebenta aqui. Vejamos os números da discórdia:

39 milhões de lares europeus dependem do gás russo.

61,8 bilhões de dólares é quanto a Rússia factura por ano vendendo o gás.

775% foi o aumento no preço do gás imposto pelo governo russo à Ucrânia

38 mil quilómetros é o comprimento total dos gasodutos ucranianos.

O que cada um quer:
EUA  Em 2008, descobriram enormes reservas de gás – e tornaram-se maior fonte mundial do produto, superando a Rússia. Querem exportar GÁS para a Europa, mas para isso precisam de enfraquecer o Kremlin. (Só para tb não acharmos que continuam a ser os aliados “beneméritos” da IIGM, na guerra nao há desinteressados)

Rússia  Tem bastante poder sobre a Europa, que precisa do seu gás para não congelar durante o inverno. Mas também depende dos europeus – que são responsáveis por 50% das exportações da Gazprom.

Alemanha  Mantém boas relações com a Rússia – da qual compra muito gás. Mas está sempre a tentar desenvolver fontes alternativas de energia, pois receia ser chantageada por Moscovo.

Região dos Bálcãs  É muito dependente da Rússia. Quando Moscovo interrompeu o fornecimento de gás, em 2009, a Eslováquia declarou estado de emergência e a Bulgária reportou temperaturas de 15º negativos dentro de casa. (Aqui não sabemos o que é)

Médio oriente: Qatar, Azerbaijão e Cazaquistão são ricos em gás,desejam vender à Europa. Mas, para isso, terão de construir um gasoduto.

E para Putin, não é nada amistoso que a Ucrânia se junte à Nato, criando um bloco de forças que permite a reanexação da Crimeia. Assinada a 18 de Março de 2014 e ao que parece, aceite por 90% dos moradores da república.

Não queremos morrer numa guerra, mas também não queremos morrer estúpidos. O povo é sempre quem mais apanha.