As nossas batalhas

Há a guerra na Ucrânia e depois há as tensões habituais nas nossas famílias.
Hoje o meu mapa mundo és tu.
A minha filha mais nova, de feitio Viking que desafiei para uma noite de mãe e filha num hotel bem burguês, com cama de monarca, spa’s vários, pequeno almoço abusivo e vista para o mar.
E não vou pedir desculpa a ninguém por investir o meu tempo e os meus recursos no estreito canal das relações familiares. Não há nato que nos acuda, na gestão fracturante da relação com os filhos mais singulares, e não sei de constelações familiares, que chegue, para me salvar sozinha.
Um carbonara em room service e um filme de terror fazem milagres por um abraço quilometricamente adiado.
Estou a dar tudo no luxo emocional desta relação, e na antítese absoluta do gang do pé preto envolvo a nossa ligação em grandes e felpudos turcos.
Para trás, fica a irmã sólida e feliz, sem pinga de ciúme e o “padrasto” sensato que reconhece desde tenros tempos à necessidade de obras de melhoria.
Agora com a vossa licença, estão a bater à porta, deve ser a Club Sandwich.
E a coisa parece-me bem encaminhada…
Era uma pena dura, que daqui não saísse a voar, ave inteira.