Sobrecarregado de Promessas

O Amor está sobrecarregado de promessas.

Já não há ponte que aguente o peso, nem cadeado que assegure o cumprimento.
Estamos por nossa conta meus amigos.
Vamos das folga aos engenheiros das pontes e aos Arquitectos, às chaves do areeiro e à metalúrgica dos cadeados.

O que eu quero mesmo é continuar a andar a dois numa Trotinete e a curtir Paris, como se fôssemos dois miúdos e guardar isso nas sete chaves da memória com ou sem cadeado. Que Olimpo me permita ter memória destas gargalhadas.

Digo-me práticante do desapego mas também nao me importava de ir lá por o cadeado. O amor não vai de prisões, nem de promessas, vai de trotinete, vai a pé, vai de Sandwich de atum e de foie gras, de pé e de levante, de crepe e barbecue coreano, de bateaux mouche e de sola gasta.

Não vale dissecar a lógica numa emoção desta natureza, nem esperar que dela não nasçam os poemas mais curtos e os bocejos mais pirosos.

Eu estou disponível para voltar lá a noite para colocar o cadeado. Fica escrito.

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