QUINTA DA CABRITA

 

” Santarém: Aquece mais que panela ao lume no Verão. Capital do gótico, harém de boa comida. “

 

 

A ideia era ir com o Gang todo, mas as loiras foram rapinadas pelo pai para fim de semana de família. E do gang restaram as duas maiores, não menores em profecia do fazer acontecer.

Aluguei uma casa na Quinta Da Cabrita para que pudéssemos ter a tão ambicionada autonomia, que não obriga a despender dinheiro cada vez que o relógio bate as horas da fome. Aliás esta quinta tem essa particularidade, não tem quartos avulso, tem apenas 4 casas de diferentes tipologias mas todas com cozinha. A casa tem dois quartos suites, uma sala com lareira e mesa de jantar e uma cozinha de apoio.

 

 

E a Quinta? A quinta é um espaço bonito, amplo, com um jardim, uma piscina bastante simpática e campo ao redor. Podia ser mais generosa nas palavras, podia mas estaria a exagerar.

Tinha na memória a ideia de já cá ter estado, não como um déja vu, mas como vivência efectiva que não conseguia situar no tempo. Mas tudo no espaço me era familiar. Percebi, depois, que conheci o filho do proprietário, em tempos idos, que a memória solta já não sabe recordar.

Para além de nós, havia apenas um casal estrangeiro na casa ao lado, apesar de na reserva do booking acusar lotação total. Há muito esquema, no esquema das reservas, porque saímos tarde no domingo e não vi “vivalma” a fazer Check in.

 

Regressemos à comodidade e falemos a verdade. Não vale o preço que paguei. Com aquele sentido de injustiça que acusa na alma o desperdício. Posso dizer com muita propriedade que  já sou “batida” em turismos rurais, e que este sítio é para turista é rural, mas não tem as boas propriedades de um turismo rural no sentido mais amplo e recheado do termo.

Fomos recebidos pela caseira, uma mulher de leste com porte confiante e uma voz forte, tratou-nos com muita familiaridade, o que reconheço como ponto positivo.  Percebeu que éramos só duas, e prontificou-se a ajudar na mudança de quarto, mas quando falou com a proprietária, pareceu não ser possível. O “à vontade” foi em crescente, até já ser tão à vontade, que às tantas estávamos na piscina com a filha  e o filho a banhos.

 

 

O grande senão da quinta é que para além do pequeno-almoço, servido na piscina, mas com fraca qualidade de ingredientes e ofertas, nada tens para comer e estás no “belo”meio do nada. O que não é nada bom. Nem uma cerveja, nem uma garrafa de água.  Sei que dá menos trabalho, mas para viver o conceito de turismo rural, o espaço não deve apenas ser bonito, deve oferecer serviços, e a comida e a bebida fazem parte da pirâmide de Maslow, não competem no conceito luxury. Está se bem no espaço, sim, principalmente na piscina, a área mais bonita do turismo. Mas não ficámos fãs.

 

 

O que safou verdadeiramente a visita a Santarém, foi Santarém e os repastos maravilhosos de Santarém. O nosso Obrigada mais aberto, convicto e generoso, vai para a PatrÍcia, uma aluna que conheci num workshop, de quem fiquei amiga e que se prontificou a gerir a nossa visita, dando e marcando sugestões. Um bálsamo, porque não andámos às apalpadelas e fomos directo ao coração das coisas mais bonitas.

 

 

O nosso jantar no Restaurante do Chefe Rodrigo Castela, Taberna Ò Balcão, superou qualquer expectativa, foi um deleite para o palato e uma borga imperdível de conversa boa. Este restaurante vale o pulinho de uma hora a Santarém só para desfrute do paladar. O espaço é um mimo de decoração, a loiça é linda, os empregados são simpáticos e informados e o menu é inteiramente cozinhado com produtos da região, incluindo carne de touro e peixes do rio. Eu se fosse a vocês marcava.

 

 

Também tivemos o prazer de ser convidadas a ir a um sushi, KookLounge, que pode parecer coisa estranha, quando estamos longe do mar. Mas foi uma agradável surpresa, num espaço mega moderno, decorado de uma forma sofisticada mas informal, com espaço para muita gente, sala de espera para fumadores, e uma ampla carta de sushi com modelos de fusão únicos.

 

 

| OBRIGATÓRIO PÔR O PÉ |

  • Portas do Sol ao pôr do sol, pode parecer cliché, mas não há nada de cliché num belo por do sol.
  • Zona velha de Santarém junto à estação, parar o carro e explorar porque é cenário único para fotografias.
  • Restaurante Taberna Ò Balcão :  Rua Pedro de Santarém, 73 , Santarém |  243055883 | castelo.rodrigo@gmail.com
  • Restaurante KOOK Lounge | 243 377 807
  • Passeio pela Zona histórica de Santarém