O que se passa contigo?

Acho muito curioso, quando anuncio que vou para um retiro de transe dance, para uma meditação na montanha ou para um yogazinho light, recebo logo mensagens a dizer “quem és tu?” com um grande emoji a chorar a rir.

Eu sou tentativa caraças!

Lá por beber vinho às golfadas e gostar de pessoas descosidas, lá por ser carnívora assumida, com laivos de açúcar e uma apetência para vícios e filosofias, sou permeável ao que me é diferente. Porque me expande e encolhe.

Acho mesmo que uma das minhas melhores características é a curiosidade. Aprendo sempre qualquer coisa nos sítios onde vou.
Às vezes estranho-me tanto, que recolho ao meu silêncio.
Mas há la coisa mais produtiva que conhecer as paredes da concha que nos segura?

Amigos, conhecidos e simpatizantes, não se preocupem, que eu estou muito ciente das cobras e das banhas das cobras. Nós temos todos o nosso quê de chatlatice.

É exatamente esse coeficiente de manha, que nos permite identificar a manha dos outros e o tudo o que é polyester em nós.

E às vezes temos surpresas, e às vezes desilusões como tudo nesta vida.

Claro que me chateia os ambientes extremados, onde é proibido isto e aquilo, os colectivos homogéneos cheios de verdade, o amor apregoado como insulina, a cura imediata num abraço estranho e a linguagem da larva a imitar mariposas.

Mas às vezes faz parte e às vezes faz arte e às vezes não faz nada e está tudo bem.
Não levo farinheiras nos bolsos, talvez leve uma garrafinha de vinho e um pacote de gomas, também não há milagres onde há muita presunção.

E lá vou eu para Monchique, awakeland não sei das quantas, ecstatic soul, toda inteira e toda defeituosa, fazer o que me “mantram”. 🙌🏼

O que é que se passa contigo?

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